CULTIVO DE CATTLEYAS E AFINS

Cattleyas são encontradas nativamente desde a região do México, América Central até a América do Sul. São epífitas, isto é, crescem grudadas em troncos de árvores, não necessariamente vivos.

As vezes, encontramos alguns tipos vegetando como plantas terrestres ou rupícolas, como a C. forbesil, a C. intermédia , a C. mendelii , a C. percivaliana , a C. skinneri , etc.

O gênero Cattleya é subdividido em dois grupos: C. unifoliada e C. bifoliada.

A Cattleya unifoliada produz flores grandes que podem atingir até 25 cm. Como é o caso da C. Warscewwiczii , e o número de flores oscila entre 2 a 8 flores. Quando uma Cattleya unifoliada der apenas uma flor, o cultivo está deixando a desejar. O pseudo bulbo não cresceu o suficiente, faltou luz, houve excesso ou falta de água ou houve enraizamento suficiente por ataque de fungos, pragas, intoxicação da planta, etc. Se a situação persistir, no ano seguinte, a planta poderá não florir.

A Cattleya bifoliada (duas folhas em cada pseudo bulbo) produz flores menores, em média de 5 a 10 cm, porém pode chegar a 30 flores por haste, como a C. guttata e a C. bowringiana, 25 flores numa haste da C. amethystoglossa.

Híbridos:

Hoje, existem milhares de híbridos entre esses dois tipos, visando ao aprimoramento geral que subentende tamanho, variedade de cor, robustez, durabilidade da flor, aumento da freqüência de floração, etc.

Há ainda uma infinidade de híbridos intergenéricos de cattleya como Laelia, Brassavola (atualmente Rhyncholaelia ), Sophonitis, Epidendrum e Broughotonia .

Os principais cruzamentos com cattleya são:
Cattleya x Brassavola = Brassocattleya (Bc)
C. x Laelia = Laeliocattleya (lc)
C. x Epidendrum = Epicattleya (Epc)
C. x Broughtonia = Cattleytonia (Ctna)
C. x Laelia x Brassavola = Brassolaeliocattleya (Blc)
C. x Laelia x Sophronitis = Sophrolaeliocattleya (Slc)
C x brassavola x Sophronitis x Laelia = Potinara (Pot)

Existem cerca de 70 espécies de Cattleyas , das quais 20 são nativas do Brasil. As principais Cattleyas brasileiras são:
C. unifoliadas: C. dormaniana, C. walkeriana, C. araguaiensis, C. eldorado, C. lawrenceana, C.warneri.
C. bifoliadas: C. aclandiae, C. amethystoglossa, C. guttata,C. intermédia, C. loddigesii,C nobilior, C. shilleriana, C. velutina, etc.

Na Colômbia existem Casttleyas belíssimas, como a C. áurea, C. gaskelliana, C.mendelli, Cquadricolor, C. trianae, C.lawrenceana, C.lueddemanniana, C. mossiae, C.percivaliana.

No México: C.aurantiaca, C.Skinneri.
No Peru: C.bowringiana, C.luteola, C.máxima, C.rex.
Na Guatemala: C.bowringiana,C.skinneri,
No Equador: C.luteola, C.máxima.

O cultivo de Cattleya é relativamente fácil, já que se adapta até em apartamento. É só dar-lhe condições favoráveis, como umidade e uma boa iluminação (peitoril de uma janela, protegido por uma cortina translúcida, caso haja incidência direta de luz solar).

Umidade:

Como ambiente dentro de casa costura ser muito seco, pode-se usar um prato com água e pedra fina e colocar o vaso em cima, mantendo a pedra sempre molhada. A água estará evaporando continuamente, dando a umidade necessária.

Água:

Em algum lugar, sempre há uma orquídea morrendo por falta de água. Uns esquecem de molhar. Outros têm medo de molhar devido ao mito de que orquídea não quer muita água a ou que deve deixar o vaso secar completamente para depois molhar, quando a planta já pode estar potencialmente morta.

Para evitar este problema, pegue um vaso e coloque em um recipiente com água que atinja borda do vaso e deixe por cerca de 2 horas. Esse é um tempo suficiente para que qualquer substrato absorva bem a água. A próxima rega depende do bom senso. Se a planta estiver bem enraizada, o metabolismo será mais intenso do que o uma planta com poucas raízes.Assim planta bem enraizada, em tempo quente e seco, deve ser molhada a cada 2 ou 3 dias. Em outras circunstâncias, o intervalo poderá ser de uma semana.

Agora, se a planta estiver grudada em casca de árvore ou tronco, é preciso borrifar todos os dias até duas vezes por dia, quando estiver muito quente e seco. Uma orquídea morre por falta de água, nunca por falta de adubo (por excesso, sim).

Iluminação:

Se uma Cattleya for plantada em tronco de arvore vivo, deve-se ter cuidado constante, até que as raízes grudem no tranco. Daí para frente, mesmo que você ocasionalmente a esqueça, ela ira se desenvolver e florir normalmente, porque voltou a seu ambiente natural. Supondo-se, é claro, que a árvore não seja frondosa demais, impedindo-a de receber o sol da manha e/ ou da tarde.

Adubo:

Após a floração, a Cattleya , com outra orquídea qualquer, tem seu período de repouso. Depois, entrando em atividade vegetativa, começa a emitir brotos e raízes. É nessa ocasião que se deve começar a adubar, usando uma formulação de uso geral, como 5-5-5 ou 10-10-10 ou 20-20-20, etc numa freqüência de 15 a 20 dias. Veja mais detalhes em Adubação , nesta mesma matéria. Quando o pseudo bulbo e a folha com espata estiverem amadurecidos (em seu tamanho normal), pode-se parar a adubação. Alguns tipos de Cattleya , se continuarem a receber adubo após a maturação do pseudo bulbo, poderão não florescer, como alguns exemplares de Cattleya nobilior e outras.

SITUANDO AS ORQUÍDEAS

A orquídea pertence a uma família de plantas subdividida em mais de 1.800 gêneros e cada gênero possui de uma a centenas de espécies. O número de total de espécies.oscila em torno de 35.000,espalhadas pelos quatro cantos do mundo.

O gênero Isabelia, por exemplo, possui apenas 2 espécies. O gênero Cattleya possui cerca de 70 espécies. E o gênero Bulbophyllum tem mais de mil espécies.

As orquídeas mais populares são dos gêneros:
(C )Cattleya, (L) Laelia (lê-se Lélia), (Onc) Oncidium (uma das espécies é conhecida como chuva de ouro), o (Milt) Miltona, (Den) Dendrobrium, (V) Vanda, (Phal) Phalaemopsis (lê-se Falenópsis), (Paph) Paphiopedilum, conhecido como sapatinho(lê-se pafiopédilum).

NOME DAS ORQUÍDEAS

Os nomes das orquídeas são dados em latim ou grego clássicos, línguas mortas, para que sejam os mesmos no mundo inteiro e nenhuma língua viva prevaleça sobre a outra. Assim, costumam oferecer algumas dificuldades na escrita e na pronuncia. Segundo convenção cientifica, nomes de gêneros e espécies devem ser escritos em itálico.

Veja os exemplos

O conjunto de vogais ae lê-se e.
Ex: Laelia (Lélia).Exceção: Aerides (Aérides).
O conjunto de vogais oe também tem som de e.Ex: Coelogyne (Celogine)
Ph tem som de F.Ex: Phalaenopsis (Falenopsis).
X tem som de Ks.Ex: Xanthina (Ksantina).
CH tem som de K.Ex: Chiloschista (Kiloskita). Pulchelum (pulkelum), Chondrorhyuncha (Kondrorrinka),Chocoensis (Kocoensis), Ornithothorhynchum (Ornitorrincum).
TI seguido de vogal soa como Ci , exceto quando precedido de S,T ou X.
Ex: Constantia ( cnstancia), Neofinetia (neofinecia), Bletia ( Blecia), Comparettia (compatetia) Pabstia ( Pabistia)

CLASSIFICAÇÃO POR HABITAT

De acordo com o lugar no seu habitat de origen, as orquídeas são classificadas como Epífitas, terrestres ou rupícola.
EPÍFITAS: a maior parte das orquídeas, vivem grupadas em tronco de árvores mas não são parasitas,pois realizam a fotossíntese a partir de nutrientes pelo ar pela chuva. Portanto, ao contrário do que se pensa, não sugam a seiva da árvore.
TERRETRES: vivem como plantas comuns na terra. Ex: Paphiodilum, Arundina, Neobenthamia, Bletia, embora aceitem o plantio em xaxim desfibrado.
RUPÍCOLAS: são asque vivem sobre rochas, fixadas nos liquens das fendas.
Ex Laelia flava

REGRAS BÁSICAS PARA NO PLANTIO

A maior parte das orquídeoas pode ser plantada em vasos de barro ou plástico

De tamanho compatível com o da planta. É aconselhável o replante anual, ou pelo menos a cada dois anos, em virtude da decomposição ou deterioração do material.

Eis aqui algumas regras úteis:
1 - Coloque uma camada de pedra no fundo do vaso (2 a 3 dedos ) para permitir a rápida drenagem do axcesso de água.
2 - Complete com xaxim desfibrado. Se houver pó, xaxim num balde com água para dispersar o pó. Jamais use o pó de xaxim' vendido no comercio.
As raízes necessitam de arejamento.
3 - Certas orquídeas progridem na horizontal (rizoma), Laelia e cattleya , por exemplo,e vão emitindo brotos um na frente do outro. Para esse tipo de planta, deixe a traseira encostada na beira do vaso e espoco na frente para dar a lugar a novos brotos. Comprima bem o xaxim para firmar a planta ( não enterre o rizoma, somente as raízes) a fim de que, com o vento ou um jato d'água, ela não balance, pois a ponta verde da raiz irá roçar o substrato, secar e morrer. Para saber se a planta está fixada bem firmemente, levante o vaso segurando pela planta. Se o vaso não se despregar e cair, está firme.
Se necessário, coloque uma estaca para melhor sustentação.
4 - Há Orquídeas que dificilmente se adaptam dentro de vasos. Nesse caso, o ideal é plantar em tronco de árvore ou casca de peroba ou palito de xaxim,protegendo as raízes com um plástico até a sua adaptação. Algum exemplos dessas espécie são: C.Walkeriana, C. schilleriana, C. aclandiae, a maioria dos Oncidiuns, Leptotes, Capanemias.
5 - Orquídeas monopodiais ( que crescem na vertical), como Vandas, Ascocendas Rhynchostylis, devem ser plantadas nocentro do vaso ou serem colacads em cesto sem nenhum substrato. Nesse caso existe um cuidado especial todos os dias. Deve-se molhar não só as raízes mas também as folhas com água adubadas bem diluídas. Por exemplo, se a bula de um adubo liquido recomenda diluir um mililitro desse adubo em um litro de água, ao invés de um litro, dilua em 20 ou mais e borrife a cada duas ou três horas,principalmente em dias quentes e secos. Você pode perder a paciência,mas não a planta. Como exigemalta umidade relativa, pode-se, por exemplo, usar um recepiente bem largo, como uma tina furada, encher de pedra britada e colocar a planta como vaso sobre as mesma, de modo que as pedras molhadas pela regra, assegurem a umidade necessária.

TEMPERATURA

Toda Orquídeas ae adapta bem a temperatura entre 15 a 25 graus centígrados. Entretanto, há orquídeas que suportam temperaturas mais baixas, como Cymbidium, Odontoglossum , Mitonia Colombianas, todas nativas de regiões elevadas.

Outras já não toleram o frio. É o caso das orquídeas nativas das imediações da linha do equador, como C. eldorado, C Violácea, Diacrim, Galeandra, Acacallis .

Assim, devemos cultivar orquídeas que se aclinatem no lugar em que vão ser cultivadas. Caso contrario, o cultivo será muito mais trabalhoso, mais vezes resultando em perda da planta. Felizmente, no Brasil, a variação de temperatura é adequada para milhares de espécie. Algumas se adaptam melhor no planalto outras nas montanhas, outras nos vales ou litoral,mas justamente a variação de clima e topografia própria a riqueza de espécies que temos.

ÁGUA E UMIDADE

A umidade relativa do ar 9 quantidade de vapor d'água existente na atmosfera) nunca deve estar abaixo de 30% caso contrario, as plantas se desidratarão rapidamente. Em dias quentes, a umidade relativa do ar é menor, por isso é necessário manter o ambiente úmido e molhar não apenas a planta, mais também o próprio ambiente. Num jardim, com muitas plantas e solo de terra a umidade relativa é bem maior do que numa área sem plantas com piso de cimento.

Nunca molhe as plantas quando as folhas estiverem pela encidência da luz solar, pois o choque térmico pode causar pequenas lesões que servem de entrada para doenças. Molhe pela manhã ou no fim da tarde,quando osol estiver horizonte. Se precisar molhar durante o dia espere uma nuvem cobrir o sol por cerca de 10 minutos para que as folhas esfriem, pois umedecê-las é extremante benéfico.

QUANDO DEVO MOLHAR?

Ouvimos com freqüência esta pergunta e a resposta é infinitamente relativa. Se uma Orquídea está plantada em xaxim com pó, a regara pode ser semanal, mas se estiver plantada em piaçaba ou casca de madeira, a rega deve ser diária. Quando se compra um vaso de orquídeas, é útil verificar qual o substrato ( material ) emque esta plantada,dependendo dele, a secagem pode ser rápida ou lenta.

Os substratos mais comuns sâo:
1 - Xaxim desfibrado com pó: secagem Lenta.
2 - Xaxim desfibrado sem pó; secagem moderada.
3 - Fibra de Côco ; secagem moderada.
4 - Musgo ou cubos de coxim; secagem lenta
5 - Carvão ou piaçaba; secagem rápida.
6 - Casca de pínus: secagem moderada,quando sem pó, e lenta, se tiver pó.
7 - Mistura de grãos de isopor, casca de pómus e carvão: secagem rápida.
8 - Casca ou tronco de madeira: secagem super rápida.

A melhor maneira de regar é imergir o vaso num recipiente com água e deixar por alguns minutos. Se você molhar com um regador um vaso ressecado, pode ocorrer de a água encostar um canal por onde escorrer e o resto do substrato continuas totalmente seco. Um meio de verificar a umidade do vaso é aprender a sentir o peso, segurando com as mãos ou através de um exame visual. Não use a mesma água em que foi mergunhado um vaso, para outro, pois se no primeiro houver fungos nocivos à planta , o outro vaso irá se contaminar.

LUMINOSIDADE

Luz é essencial. Uma planta não pode fazer sombra para a outra. O ideal é manter as plantas sob uma tela sombrite de 50 a 70%, dependendo da intensidade da insolação local. Assim elas receberão claridade em luz difusa suficiente para realizarem a sua função vital que é a fotossíntese. Se as folhas estiverem com cor verde-garrafa, é sinal de que estão precisando demais luz. E se estiverem com uma cor amarelada, estão com excesso de luz.

Existem orquídeas que exigem mais sombra: é o caso, por exemplo, microorquídeas, do Paphiopedilum ,da Miltônia colombiana. Para estas plantas pode ser usada uma tela de 80% ou tela dupla de 50% cada Há outras que exigem sol direto, como a Vanda teres e Renanthera coccínea que, se estiverem sob uma tela, poderão crescer vigorosamente, mas dificilmente darão flor.

ADUBAÇÃO

As orquídeas necessitam de alimento como qualquer outra planta.

Quando o adubo for líquido, dilua um milímetro (é igual a um centímetro cúbico) em um litro d'água. Uma seringa de injeção é um medidor prático.

Quando sólido, mas solúvel em água, dilua uma colher de chá (1g) em um litro de água num,a freqüência de uma vez por semana. Estas soluções podem atuar como adubo foliar, mas nunca aplique durante o dia, pois os estômatos das folhas (minúsculas válvulas) estarão fechadas. Faça-o de manhã, antes do sol nascer, ou no fim da tarde molhando os dois lados da folha (o número de estômatos é maior na parte de baixo das folhas).

Concentração do adubo menor que o indicado acima ou pelo fabricante nunca é prejudicial. Se de diluir o adubo citado acima (1 mililitro ou 1 grama) em 20 litros de água (ou mais) ou com ele borrifar diariamente as plantas, você pode obter excelentes resultados. Corresponde a um tratamento homeopático. Dosagem maior que a indica funciona como veneno e pode até matar a planta. Se o adubo for sólido insolúvel na água , com o adubo da AOSP pode ser colocado diretamente no vaso numa medida de uma a duas colheres de chá, dependendo do tamanho do vaso, uma vez por mês. É preciso cuidar para não jogar diretamente sobre as raízes expostas.

Obs. 1: Cessar a adubação quando o pseudo-bulbo estiver amadurecido, exceto para as plantas monopodiais que têm crescimento contínuo.

PRAGAS E DOENÇAS

Plantas bem cultivadas, isto é, com bom arejamento, boa iluminação, num local de alta umidade relativa e bem alimentadas, dificilmente estão sujeitas a pragas e doenças. Falta de arrejamento e iluminação podem ocasionar o aparecimento de pulgões e cochinilhas (parece pó branco) que podem ser eliminados por catação manual ou como uso de uma escova de dente molhada de caldo de fumo, se forem poucas plantas. Se o número de plantas for tal que impossibilite este processo, você pode usar um inseticida adequado. Planta encharcada pelo excesso de água ou submetida a chuvas prolongadas podem ser atacadas por fungos e/ou bactérias causando manchas nas folhas e/ou apodrecimento de brotos novos. Na verdade, o encharcamento não é a causa direta do apodrecimento das raízes. O que ocorre é que os fungos ou nematóides que estavam em estado latente, ou ao encontrar condições favoráveis, se ativam e atacam as raízes.

No comércio existem muitos tipos de fungicidas e inseticidas, mas o manuseio requer cuidados especiais, pois são tóxicos para os seres humanos e outros seres vivos. Deixamos aqui a velha receita caseira do caldo de fumo que não é nocivo e é fácil de preparar.

Ferva 100 gramas de fumo de rolo picado e um litro e meio de água, acrescente uma colher de chá de sabão de côco em pó e borrife as plantas infectadas. É importante ferver o fumo, pois pode ser portador do vírus do tabaco.

Para combater pulgões e cochonilhas, pode-se também usar um spray doméstico, tipo mata moscas, baratas, etc, feito à base de água e não de querosene. Uma outra boa opção é usar o óleo da semente de Nim que atua como inseticida e fungicida.

Mais detalhe no livro Orquídeas ? Manual de Cultivo

QUANDO DIVIDIR, PLANTAR E REPLANTAR

A divisão e replantio devem ser feitos quando a planta estiver emitindo raízes novas, oque se percebe pelas pontinhas verdes nas extremidades das raízes, não importando a época, inverno ou verão.Quando for dividir a plantam cada parte deverá ficar com, no mínimo, três bulbos, tendo-se o cuidado de não machucar as raízes, o que se consegue molhando-as, pois ficam mais maleáveis. Sempre flambeie com uma chama (de um isqueiro por ex) o instrumento que vai usar para dividir a planta, para ter certeza que a lâmina não está contaminada por vírus .

No caso das orquídeas das orquídeas monopodiais, como a Vanda , Renathnera , Rhynchostylis , que soltam mudas novas pelas laterais deve-se esperar que emitam pelo menos duas raízes para então, separar da planta mãe.

As orquídeas do tipo vandáceaes vão crescendo indefinitivamente atingindo metros de altura. Nesse caso, pode-se fazer uma divisão cortando o caule abaixo de dois ou mais raízes e fazer um novo replante. Se a base ficar com alguns pares de folhas, emitirá novos brotos.

FLORAÇÃO

De um modo geral, cada espécie tem sua época de floração que é uma vez por ano. Convêm marcar a época da floração de cada espécie e examiná-la periodicamente, pois, caso não floreçam nessa época, você poderá dectectar que algo errado poderá estar acontecendo com a planta e tomar providências. Por ex., no verão, temos a floração da C. granulosa , C. bicolor, C. guttata . No outono, temos a C. violácea , C.luteola , L. perrini , C. bowringiana . Na primavera, temos C. warneri , L. purpurata , C. gaskeliana . Existem orquídeas, como certas Vandas , que, bem tratadas chegam a florir até quatro vezes por ano (desde que não seja atingida por um inverno rigoroso). O mesmo ocorre com híbridos cujos pais têm épocas diferentes de floração.

Fonte: Sr. Denitiro Watanabe, um dos maiores especialistas em orquídeas do Brasil.

 
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